29 dezembro, 2009

Texto sobre A idade da Inocência.

Consulto com frequência o blogue Há sempre um livro...à nossa espera! Gosto da escolha dos livros que a autora do blogue faz e dos textos que apresenta sobre eles. Ao fazer pesquisa sobre o livro Idade da Inocência encontrei um texto sobre ele que podem consultar aqui.
Boas leituras.

10 dezembro, 2009

Leituras

Acabei o Deus das Moscas. Gostei, é inquietante, um pouco assustador. Peguei agora na Idade da Inocência, pelo meio reli, As Memorias póstumas de Brás Cubas de Machado Assis (brilhante), a trilogia do Stieg Larsson que é viciante, ando a ler o livro das Grandes Religiões do Mundo de Jean Delumeau, li o Bolãno (2666) e descobri a Irene Nemirovsky com a Suite Francesa, uma agradável surpresa.

Vou ter de me agarrar a Idade da Inocência porque vou atrasada nas nossas leituras.


Boas leituras.

01 dezembro, 2009

As minhas leituras ...

Seguindo o plano de leituras do À Volta das Letras, já li O Deus das Moscas e adorei. Entretanto, também já terminei A Idade da Inocência. Há uns anos vi o filme baseado no romance, mas do filme só me lembro de uma cena: um jovem a dançar com a actriz Michelle Pfeiffer com um vestido vermelho.

Para quem nos quiser acompanhar nas leituras, aqui fica a lista:

1. A Montanha Mágica - Thomas Mann (Julho/Agosto)
2. Madame Bovary - Gustave Flaubert (Setembro)
3. O Deus das Moscas - William Golding (Outubro)
4. A Idade da Inocência - Edith Wharton (Novembro)
5. Orgulho e Preconceito - Jane Austen (Dezembro)
6. 1984 - George Orwell - (Janeiro)
7. Pela Estrada Fora - Jack Kerouac (Fevereiro)
8. Lolita - Vladimir Nabokov (Março)
9. O Som e a Fúria - William Faulkner (Abril)
10. O Coração das Trevas - Joseph Conrad (Maio)
11. Mrs Dalloway - Virgínia Wolf (Junho)

A Idade da Inocência

“A Idade da Inocência”, de Edith Wharton

Este romance, que ganhou o prémio Pulitzer em 1920, desenha com fina acidez os códigos da elite nova-iorquina no final do século XIX. É uma sociedade elegante, exclusiva, incomoda pelo regresso da condessa Olenska, que se separou do marido na Europa e traz consigo um perturbante sopro de independência.

Por Luís Miguel Viana

Este romance, que ganhou o prémio Pulitzer em 1920, desenha com fina acidez os códigos da elite nova-iorquina no final do século XIX. É uma sociedade elegante, exclusiva, incomoda pelo regresso da condessa Olenska, que se separou do marido na Europa e traz consigo um perturbante sopro de independência.

Quando em 1993 Martin Scorsese apresentou a sua adaptação ao cinema do romance de Edith Wharton, foi muito claro sobre o conteúdo do filme – “É sobre rituais tribais”, disse. E não enganou: “A Idade da Inocência” mergulha-nos numa sociedade organizada, civilizada, onde se protegem mais os bons costumes do que a saúde, onde se observam “as regras” e a exibição das emoções é considerada imprópria. É também a história de um amor que não se consuma, da decisão nunca tomada de sair daquele meio, da inércia que prende as pessoas aos padrões em que foram educadas.

Edith Wharton nasceu em Janeiro de 1862, filha de uma família de Nova Iorque com prestígio e “dinheiro antigo”. Em 1885, aos 23 anos, casou com Edward Wharton, um aristocrata de Boston vinte anos mais velho que aceitou passar temporadas na vida agitada e cosmopolita de Paris no virar do século. Edith compra um automóvel e anda nele a “grandes velocidades” com um grupo de amigos que incluia o escritor Henry James e, mais tarde, Fitzgerald, Hemingway, Roosevelt ou Jean Cocteau. São anos frenéticos em que atravessa 64 vezes o Atlântico.

Em 1905 publicou pela primeira vez um romance, “A Casa da Alegria” (ed. Presença), a história da degradação de uma mulher a quem a sociedade não deixa sair do beco em que o seu casamento se transformara. A história tinha alguma coisa a ver com ela, como se percebeu mais tarde, uma vez que o seu casamento ia de mal a pior. O marido parece que era uma nulidade em tudo, sexo incluído. Em Edith 1909 arranja um amante; em 1911 decide estabelecer-se definitivamente em França; em 1913 divorcia-se.

Na I Guerra Mundial utiliza os seus conhecimentos para obter permissão de se deslocar às linhas da frente num “side-car” e, de regresso a Paris, trabalha na Cruz Vermelha na assistência a refugiados. Foi depois condecorada com a “Legion d’Honneur” pelo estado francês. Após a Guerra Edith Wharton só viaja uma única vez aos Estados Unidos. Morre na França, em 1937.

A “Idade da Inocência”, o seu romance mais conhecido, transporta-nos a uma sociedade – Nova Iorque, no final do século XIX – instalada na prosperidade e sofisticação da alta burguesia, que defende o seu estatuto e códigos mundanos. A chegada de Ellen Olenska, que se separara do marido e regressa da Europa, perturba a sensibilidade educada de Newland Archer, o noivo da bela May Welland, “esse produto aterrador do sistema social a que ele pertencia e no qual acreditava”. É um romance cheio de distância e de sarcasmos implícitos sobre a hipocrisia, a perversão social, a impotência perante os padrões de conduta.


Fonte:
http://static.publico.clix.pt/docs/cmf2/ficheiros/16EdithWharton/nlt.htm

29 outubro, 2009

Encontro À Volta das Letras no café Saudade em Sintra

No passado domingo realizou-se mais um encontro do À Volta das letras. O local escolhido foi o Café Saudade, em Sintra, uma sugestão da Rute. O café revelou-se um local muito agradável e acolhedor. Neste encontro contámos com a presença da Rute, da Catarina, do Pedro, do Paulo, do Ricardo e de mim.

Falámos de Madame Bovary, de 2666 - o livro que anda a fazer furor, de Onésimo Teotónio Almeida e do seu último livro - De Marx a Darwin, entre muitos outros assuntos.

Foi uma manhã divertida, à volta de uma mesa cheia de livros e de boa comida, como não poderia deixar de ser.


O livro do mês de Novembro é O Deus das Moscas de William Golding.


O próximo encontro será promovido através de um jantar no restaurante Caracol, no Bairro Alto.

Até lá, boas Leituras!

19 outubro, 2009

Encontro com sabor a chá


Agora que o Outono finalmente chegou, trago-vos uma proposta algo diferente para mais um encontro do À Volta das Letras. Sintra. Uma sala de chá, mas não uma vulgar sala de chá. Chama-se A Saudade. Fica num prédio que já foi uma fábrica de queijadas, os actuais donos fecharam-se durante um ano para recuperar aquele espaço. Hoje é um sítio que apetece estar, rodeados de velharias e iguarias, que convida a leituras.

Por isso parece-me o local ideal para levarmos a Senhora Bovary a beber um chá, que vos parece? Próximo Domingo às 1030 junto à estação de Sintra.

Até lá boas leituras.

14 outubro, 2009

Desvantagem



Qual a grande desvantagem de se ler dois livros ao mesmo tempo sendo um deles o 2666? Uma terrivel dor nas costas.

Boas leituras!

12 outubro, 2009

Critica ao romance Madame Bovary

"A edição comemorativa dos 150 anos da publicação do romance Madame Bovary, de Flaubert, pela Nova Alexandria, traz a íntegra do processo movido pelo Ministério Público de Paris contra o texto que ofendia a moral e a religião. A inclusão do processo no volume torna possível uma avaliação sobre o modo como foi recebido o romance, ainda que, pela ocasião em que se deu, Madame Bovary tivesse sido publicado na Révue de Paris, não estando em livro todavia. É tal o grau da mistura entre autor, personagem e linguagem que não se sabe quem está sendo agredido, se Gustave Flaubert, se Emma Bovary ou se o estilo do livro. Diante disso, fica imortalizada também a exclamação de Flaubert: “Madame Bovary, c’est moi!”.O subtítulo “Costumes de província” é importante para começar a formação da idéia em torno do que se pode esperar: uma história banal dentro de um cotidiano mais banal ainda e que, talvez por isso, tenha alcançado a tragédia. Vale lembrar que Henry James definiu o romance sobre a saga de Emma como o “épico do comum”. Um comum com tal força que foi parar no dicionário: o “bovarismo” acabou por indicar a tendência de certos espíritos romanescos de fugir da realidade e emprestarem a si mesmos uma personalidade fictícia, numa definição usando um pouco dos dois dicionários, o Aurélio e o Houaiss.Emma Bovary não consegue cumprir o destino tedioso guardado para as mulheres na vida privada burguesa e idealiza uma vida apaixonante e um viver apaixonada. Deixar de ser o que toda mulher deveria ser, levou-a ao trágico desfecho. É o olhar crítico para a sociedade oitocentista que abala tal sociedade, ou que a ameaça; enfim, é a literatura realista abrindo uma via de leitura, além do aceitável ou desejável.A professora Eliane Robert Moraes, da PUC-SP, tem uma colocação interessante diante do reconhecimento da imparcialidade do texto de Flaubert quando o narrador não demonstra compaixão nem desprezo, tampouco apelo moral, como se o autor estivesse “transferindo para o leitor a desconfortável tarefa do julgamento”. Eliane atenta que assim fundou-se um novo pacto entre a literatura e seu público: “Não mais o pacto encarnado por Madame Bovary que se perdia nos romances para compensar a banalidade da vida, mas aquele do ‘leitor hipócrita’, cúmplice das incertezas de seu próprio criador”. Adiante com a argumentação e acrescentando a reunião dos poemas de Charles Baudelaire, As Flores do Mal, igualmente causadora de processo, a professora conclui que há 150 anos nasciam as duas primeiras obras-primas do modernismo.A edição comemorativa é primorosa e a leitura dos autos da ação movida contra Flaubert concorre para aumentar o envolvimento do leitor com o clássico da literatura francesa. É sempre um prazer revisitar Emma e certas cenas antológicas, como a do fiacre, ou qualquer outra dentre as “artes” de Emma."
Retirado do blogue Leitora Crítica

11 outubro, 2009

10 outubro, 2009

Pãezinhos em forma de turbante, como se chamarão?

«A senhora Homais apreciava muito aqueles pãezinhos desengraçados, em forma de turbante, que se comem na quaresma com manteiga salgada; último vestígio dos alimentos góticos, que remonta talvez ao século das cruzadas, e de que os robustos Normandos se abarrotavam noutros tempos, julgando ver na mesa, à luz amarelada das tochas, entre jarros de hipocraz e gigantescas peças de carne, cabeças de sarracenos para devorar. A mulher do boticário trincava-os como eles, heroicamente, apesar da sua detestável dentição; por isso, sempre que Homais ia à cidade, não deixava de lhos levar, comprando-os em casa do principal fabricante, na Rua Massacre.»

Breve biografia de Gustave Flaubert

"Escritor francês (1821-1880). É um dos representantes mais importantes do romance realista. Nasce em Rouen e cresce no hospital onde seu pai trabalha como cirurgião-chefe. Começa a escrever em 1843, depois de ser reprovado nos exames de Direito da Universidade de Paris. Um ano depois, com epilepsia, isola-se em um sítio em Croisset, perto de Rouen, propriedade de seu pai. Faz amizades no círculo literário parisiense e escreve duas novelas, publicadas bem mais tarde: A Educação Sentimental (1869) e A Tentação de Santo Antônio (1874). Entre 1849 e 1851, viaja à Africa de onde traz as anotações para o livro Salambô (1862), sobre a queda da antiga civilização de Cartago. Em 1856, após cinco anos de trabalho, publica Madame Bovary , seu romance mais importante, no qual critica os valores românticos e burgueses da época. O livro conta a história de Emma Bovary, que se entrega a sucessivos casos de adultério para fugir da vida medíocre que julga levar ao lado do marido, um médico de província. O romance, que termina com o suicídio de Bovary, causa escândalo na França. Flaubert é acusado de imoralidade e submetido a julgamento."

28 setembro, 2009

Em casa do marquês

«Depois da ceia, em que foram servidos muitos vinhos de Espanha e do Reno, cremes de marisco e de leite de amêndoas, pudins à Trafalgar e toda a espécie de carnes frias com geleias em volta, tremendo nos pratos, as carruagens, umas após outras, começaram a retirar-se.»

Carlos ...

«A conversação de Carlos era chata como o passeio de uma rua, e nela desfilavam as ideias de toda a gente, no seu revestimento comum, sem excitar qualquer emoção, riso ou motivo para meditar. Nunca tivera a curiosidade bastante, dizia ele, para, enquanto habitava Rouen, ir ao teatro ver os actores de Paris. Não sabia nadar, nem esgrimir, nem atirar à pistola, e um dia teve dificuldade em explicar-lhe um termo de equitação que ela encontrara num romance.»

27 setembro, 2009

Leitura paralela - Os homens que odeiam as mulheres


Está certo, dou a mão à palmatória. Requisitei-o na sexta, peguei-lhe no sábado à noite. Passei com ele a madrugada, foi comigo votar, esplanada no Kaffehaus, dentro do carro, sofá, cama, sofá, bancada da cozinha, sofá. Após 539 páginas, leve cansaço nos olhos, não tenho o 2º volume à mão. Vou ressacar e já venho.

P.S.: Em época de eleições, voto na esplanada do Kaffehaus como a melhor esplanada de Lisboa para ler.
Boas leituras!

22 setembro, 2009

O casamento de Carlos e Ema

Procurando seguir o plano de leituras do À Volta das Letras, este mês é dedicado a Madame Bovary de Gustave Flaubert. Para abrir o apetite aos que ainda não iniciaram a leitura, aqui fica a ementa degustada no casamento de Carlos e Ema:

«Foi debaixo da cocheira que foi posta a mesa. Havia em cima quatro travessas de lombo, seis com frango de fricassé, frigideiras com bifes de vitela, três pernas de carneiro e, ao meio, um belo leitão assado, tendo aos lados quatro chouriços com azedas. Aos cantos da mesa erguiam-se frascos de aguardente. Em volta das rolhas das garrafas escapava-se a espuma grossa da cidra doce, e todos os copos tinham antes sido cheios até aos bordos. Grandes pratos de creme, que tremiam à menor oscilação da mesa, ostentavam, desenhadas sobre a superfície unida, as iniciais dos noivos em pedaçinhos de maçã. Tinham mandado fazer a um pasteleiro de Yvetot as empadas e o doce de nozes. Como era novo na região tinha-se esmerado; e ele próprio trouxe, à sobremesa, um bolo enfeitado que fez saltar gritos. Na base, via-se um rectângulo de cartão azul representando um templo com pórticos, colunatas e estatuetas de estuque, à volta, em nichos constelados de estrelas de papel dourado; depois, no segundo andar, havia uma torre de doce de Sabóia, rodeada de pequenos castelos de amêndoas, uvas secas e gomos de laranja; e por fim, na plataforma superior, que era um prado verde onde havia rochedos com lagos de compota e barcos de casca de avelã, via-se um pequenino Amor sobre um baloiço de chocolate, seguro nas extremidades por dois botões de rosa naturais, à maneira de esferas, no cume.»

Dois dias depois do casamento, Carlos e Ema partem para Tostes. Cheguei com eles à casa onde Carlos viveu com a sua primeira mulher.

Comecem a ler e venham daí comigo.

13 setembro, 2009

Jesusalém - Leitura paralela


Durante este fim-de-semana agarrei-me ao livro de Mia Couto, Jesusalém. Gostei menos de que estava a espera, mas ainda assim foi um livro que me manteve presa da primeira até à última página. Mia Couto conta-nos a história de Silvestre Vitalício ou Mateus Ventura que foge para uma terra a que dá o nome de Jesusalém. Quem nos conta a história é o seu filho mais novo cuja especialidade é saber estar em silêncio. Mia Couto é bom em brincar com as palavras e a construir enredos que se vão revelando muito devagarinho deixando uma peça fundamental para o fim.

Boas leituras!

10 setembro, 2009

Pobby and Dingan - Leitura paralela


A Sofia já por várias vezes me tinha falado deste livro mas por diversas razões fui sempre adiando esta leitura. A Sofia que não é de meias medidas e já devia estar farta de tanta hesitação, mandou-me o livro… Tive mesmo de o ler. O Pobby e Dingan de Bem Rice pode ser “catalogado” como um livro infantil, para adolescentes, adultos e terceira idade. Cabe em qualquer faixa etária. A história é muito simples, uma menina que tem dois amigos imaginários ... e não posso revelar mais correndo o risco de vos estragar a surpresa. É um livro muito pequenino (79 páginas) mas delicioso.



Sofia, obrigada pela partilha.

09 setembro, 2009

Ler e partilhar

Nos últimos dias, estive numa formação chatíssima e como sempre fui acompanhada de um livro, nos intervalos ou nas horas de almoço aproveitei para ir lendo. Num dos dias em que cheguei mais cedo (sou estupidamente pontual) e que ainda não tinha chegado ninguém tirei o livro da mala e comecei a ler. Fui interrompida por um grito de espanto por uma colega de formação, que muito admirada me perguntou “gostas de ler?”, ao que respondi que sim, de que até era mais que gostar era um vício.

A colega não perdeu tempo e começou a falar dos livros que mais tinha gostado, do que andava a ler, do que não conseguia ler de todo. Quase no fim daquela conversa disse-me que só tinha pena da solidão que sentia quando acabava de ler um livro, porque não tinha ninguém com quem conversar sobre livros! Percebi muito bem o que me quis dizer, não há tantos anos quanto isso, quando terminava um livro, sentia isso mesmo, apenas duas amigas partilhavam desse gosto/vicio, o que já não era mau. Aliás essa foi a uma das razões para a criação deste blogue, a partilha de leituras.

Hoje vivo no maravilhoso mundo dos livros e o difícil é falar sobre outras coisas sem ser de livros, no entanto encontrar pessoas que se sentem sozinhas quando terminam de ler um livro enche-nos de motivação para continuar este blogue e manter os encontros mensais. No próximo encontro do À volta das letras vou convidar a colega “solitária” para partilhar as suas leituras com o nosso grupo.


Boas leituras e boas partilhas.

12 julho, 2009

1ª frase


Davos Platz - 1922


“Um rapaz simples viajava, em pleno Verão, de Hamburgo, sua cidade natal, para Davos-Platz, no cantão dos Grisões. Ia lá de visita , por três semanas.”

Outras decisões

Temos o Dancing Kid pela primeira vez a escrever no à Volta das Letras e o regresso da Minerva McGonagall. Bem vindos!!

Quanto à lista de livros para o próximo ano, aqui está ela:

1. A Montanha Mágica - Thomas Mann (Julho/Agosto)
2. Madame Bovary - Gustave Flaubert (Setembro)
3. O Deus das Moscas - William Golding (Outubro)
4. A Idade da Inocência - Edith Wharton (Novembro)
5. Orgulho e Preconceito - Jane Austen (Dezembro)
6. 1984 - George Orwell - (Janeiro)
7. Pela Estrada Fora - Jack Kerouac (Fevereiro)
8. Lolita - Vladimir Nabokov (Março)
9. O Som e a Fúria - William Faulkner (Abril)
10. O Coração das Trevas - Joseph Conrad (Maio)
11. Mrs Dalloway - Virgínia Wolf (Junho)

Parece-me que vamos ter um ano em cheio...

Boas leituras.

Livros, Lisboa, Jantar e decisões...

O encontro deste mês foi especial. Como só nos voltamos a encontrar em Setembro decidimos encerrar a temporada com um jantar. O Dancing Kid recomendou-nos uma colectividade na Bica, após vários imprevistos acabamos a jantar no Príncipe do Calhariz. Quando precisarem de um cicerone para passear por Lisboa falem com o Dancing Kid, um verdadeiro guia turístico que completa as visitas com pormenores que só quem vive ou viveu ali pode saber.

Enfim, depois de sabermos como se divide a Bica, e conhecer mais alguns recantos, sentamo-nos à mesa. Entre o arroz de grelos, as lulas e os jarros de sangria lá foi correndo a conversa.

Viagens, comidas, emprego, expectativas para o futuro, livros e mais livros… Como sempre a conversa não se esgota.

No meio do brinde ao À Volta das Letras que continua VIVO muito VIVO e não moribundo como alguém ousou dizer à mesa, decidimos mudar de rumo. Quem nos conhece, sabe que tomamos decisões repentinas e não há quem nos demova! Pois é, para o próximo ano vamos ler os grandes livros, as referências, os clássicos, aqueles livros que adiamos sempre para mais tarde mas que sabemos que mais tarde ou mais cedo os vamos ler. Por isso no próximo ano o caminho será este, a ideia é seguir uma lista publicada no Newsweek que saiu no Expresso do dia 4 de Julho de 2009. Como a lista se refere aos 100 livros que devemos ler, vamos ter de escolher 11, um para cada mês. Em breve anunciaremos quais os eleitos, para quem quiser alinhar neste desafio poder se preparar com mais tempo.

E para provar que não estamos a brincar, iniciamos esta nova viagem com a A Montanha Mágica de Thomas Mann.

Em breve coloco a lista dos livros e os respectivos meses em que vão ser lidos.

Até lá, boas leituras e boas férias!

12 junho, 2009

Quem é o teu herói?

««Quem é o teu herói» perguntei, do cimo do banco, sentindo a tensão da corda com o meu pé direito.

"Philippe Petit, o maior artista e acrobata dos nossos dias. Caminhou numa corda bamba entre as torres gémeas do World Trade Center, em Nova Iorque, oito vezes, de um lado ao outro, durante uma manhã de 1974. Estava a quatrocentros metros do solo e segurava uma vara de vinte e cinco quilos. E fê-lo ilegalmente, sem autorização do município. Um burlão e um virtuoso. "»
As Três Vidas, p. 34

Vi há pouco tempo o filme Men on Wire que documenta o planeamento e execução do sonho do francês Philippe Petit. Ele foi/é mesmo um herói.

Vidas Desencontradas

Terá lugar no dia 17 de Junho pelas 19h na livraria Barata, em Lisboa, o lançamento do romance Vidas Desencontradas da jovem escritora Marta Amado.

07 junho, 2009

A primeira frase ...

«Ainda hoje, sempre que o mundo se apresenta como um espectáculo enfadonho e miserável, sou incapaz de resistir à tentação de relembrar o tempo em que, por força da necessidade, fui obrigado a aprender a difícil arte do funambolismo.»

As três vidas, p. 11

24 maio, 2009

Foi assim,


Mais uma vez, um imprevisto, a esplanada do MNAA estava novamente fechada para obras. E agora. Minerva gulosa como sempre sugeriu pastéis de Belém, mas eu não fui na conversa, é que estamos quase no Verão. Dancing Kid grande conhecedor das esplanadas de Lisboa, lá nos levou para a esplanada do Adamastor.

Os nossos encontros são também feitos de imprevistos. Depois de instalados com a beleza paisagem a servir-nos de inspiração, lá começamos a conversa, livros, projectos, viagens, emprego. Como sempre a conversa andou por todo o lado e regressou aos livros.

Acabamos este encontro mais uma vez na FNAC. Resta dizer que o pequeno-almoço teve o alto patrocínio na Minerva que vai começar a trabalhar já no próximo mês. Boa Minerva. E que o próximo livro é do João Tordo, As três vidas. Para os indecisos aqui fica um excerto que o autor publicou no blogue dele.

Boas leituras!

16 maio, 2009

Olá

ainda aqui estamos, sim ainda não foi desta que fomos embora. Como já devem ter percebido este blogue tem momentos, umas vezes mais actualizado, outros nem por isso. O ritmo da actualização depende da nossa disponibilidade, que ultimamente tem sido muito pouca, como aliás já devem ter reparado.
Feitas as devidas explicações. Aqui vai, o próximo encontro é no Domingo (24/05/2009), na esplanada do Museu Nacional de Arte Antiga, às 10h30.
Temos muitas novidades e algumas propostas "indecentes" para vos fazer.
Até lá, boas leituras!!

27 março, 2009

A primeira frase ...

"«É a vida.» Esta frase com que o apresentador da RTP termina amiúde o Jornal da Noite dá o tema do ambiente mental em que vivemos. "

José Gil - Portugal, Hoje - O medo de existir, p. 7


22 março, 2009

É a crise...

O livro que escolhemos para este mês é Portugal, Hoje – O Medo de Existir de José Gil. Quando a Laranjinha nos apareceu com a proposta, ninguém hesitou. Este livro faz todo o sentido nesta altura. Parece que anda tudo com medo, da crise, de perder o emprego, de acabar a licenciatura e não ter emprego, de andar na rua, que lhe roubem o carro, de sair do país.

Que raio… ok isto até está mau, mas chega de pessimismo, de discursos derrotistas, vamos arregaçar as mangar e pôr mãos a obra, não nos vamos resignar, temos de ser mais empreendedores e não só no sentido de abrir empresas, mas mesmo no nosso dia a dia, criar alternativas. Ainda há coisas muito boas para fazer sem gastar dinheiro, vamos procurar opções, não temos de ser nenhuns atadinhos, vamos dar largas a nossa imaginação. Encarar esta crise mundial como uma oportunidade para sermos menos fúteis menos materialistas.

Viva Portugal, com ou sem crise.

17 março, 2009

No Domingo,




lá estivemos. Com pequeno almoço incluído, a conversa foi à volta de Cardoso Pires e do Delfim. Todos gostaram do livro, mesmo aqueles que ainda não tinham acabado estavam envolvidos na história. Temos de voltar a Cardoso Pires, vale a pena.



O livro deste mês é algo diferente mas que nesta altura de "crises" parece fazer todo sentido, Portugal, Hoje: O medo de existir de José Gil, apesar de ser um livro de 2004 parece mais actual que nunca.


Quanto ao local do encontro, voltaremos ao Kaffehaus, é que tal como Cardoso Pires, este café é também para ser repetido e por várias razões: respira-se cultura por ali, ninguém nos chateia ou nos olha de lado, e têm uma ementa de pequenos almoços de chorar por mais, está decidido vamos fazer a visita a todas as opções desta lista de pequenos prazeres.

As fotos são do cinco quartos de laranja.

13 março, 2009

Domingo,

é dia de encontro, às 11 horas no kaffehaus (Chiado).

Apareçam

Até lá boas leituras!

03 março, 2009

O que são soromenhos?

«Era uma bagaceira única, aquela. Tinha gravidade, calor lento e possuía um travo difícil que vinha de terem mergulhado nela peras silvestres. Soromenhos, chamam-se esses frutos pequeninos, e nunca me passaria pela cabeça que pudessem amaciar tão bem uma aguardente.»
O Delfim, Cap. IV

Procurei no google images por soromenhos e apareceu apenas uma imagem de uns frutos, mas que não se percebe muito bem.

27 fevereiro, 2009

Delfim, o filme


A obra de José Cardoso Pires foi adaptada ao cinema pelo realizador Fernando Lopes. O papel de Tomás Palma Bravo foi interpretado por Rogério Samora e o de Maria das Mercês por Alexandra Lencastre.

Aqui fica o trailer:

23 fevereiro, 2009

Frase

Foi esta a frase lida pelo dancing kid que nos levou a ler O Delfim.

“Aí vai a dona da pensão: um mastodonte. Acaba de sair por baixo da minha janela, carregada de gorduras e de lutos e calculo que de boca aberta para desafogar o seu trémulo coração. Atravessa a rua perseguindo a criada-criança, como é hábito. Entra no café: mal cabe na porta.”

Pág 23.

Boas leituras e Bom Carnaval.

19 fevereiro, 2009

18 fevereiro, 2009

De volta do Delfim...

"Cá estou. Precisamente no mesmo quarto onde, faz hoje um ano, me instalei na minha primeira visita à aldeia e onde, com divertimento e curiosidade, fui anotando as minhas conversas com Tomás Manuel da Palma Bravo, o Engenheiro."

Aqui vamos.

Já foi quase há um mês,

que tivemos no Kaffehaus a beber café e a falar sobre o Mau tempo no canal. Ás 11 horas, tal como o combinado. Metemos a conversa em dia, muitas novidades, novos e velhos projectos. Houve lugar para tudo, até para espreitarmos o pequeno almoço da mesa do lado. Ficou decidido, próximo encontro no mesmo café com direito a pequeno almoço completo.


Quanto ao livro, concordamos que era um livro bom mas que tem de ser lido com calma, com muitas personagens, uma escrita densa. Como ninguém leu o livro até ao fim, decidimos continuar com ele e por sugestão do dancing kid, vamos ler o Delfim de José Cardoso Pires.


Por isso, este mês temos dois livros como proposta de leitura: Mau tempo no canal e o Delfim.
O encontro ficou marcado para 15 de Março no mesmo café, à mesma hora (11 horas).


Até lá vamos "falando".

24 janeiro, 2009

Olá olá,


após uma curta ausência, aqui estamos, cheios de vontade de continuar a ler e acima de tudo de falar sobre livros.

Continuamos com o Mau tempo no canal de Vitorino Nemésio e em breve teremos mais um encontro. Confesso que já sinto falta das nossas conversas. Apetecia-me inaugurar este novo ano com um jantar seguido de uma ida ao teatro ou ao cinema, ou melhor, primeiro o teatro e depois o jantar assim podemos alongar a conversa.

Que me dizem?
Foto retirada do Flickr