No início do livro Paralelo 75 ou O Segredo de um Coração Traído encontramos uma personagem que descobre ter uma doença que lhe roubará a vida dentro de pouco tempo.
Na mesma situação, o que fariam com esse escasso tempo?
Talvez, um balanço da vida. Concretizar algum sonho que ainda fosse possível e conciliarmo-nos com a vida. Com isto quero dizer, pedir desculpa a alguém que magoámos, mas que deixámos que o tempo fizesse esquecer, ajudar alguém... Em relação à vida e à morte, acompanha-me sempre uma frase que é mais ou menos assim: "só morremos quando morrer a última pessoa que se lembrar de nós". O importante é que façamos da nossa vida um motivo para que os outros nos recordem, pelas coisas boas. Houve um dia uma pessoa que me fez um pedido. Que quando ela morresse, que eu não chorasse porque isso me iria magoar, mas que falasse dela, que a recordasse através das minhas palavras. A nossa vida vale aquilo que conseguirmos fazer com ela e dela. O modo como os outros nos recordam é uma forma de continuarmos vivos. Se eu estivesse nessa situação, penso que me apressaria a fazer um conjunto de coisas que até aí ainda não tinha feito, não só por mim, mas pelos outros, que dão sentido à nossa existência.
Não lendo o livro e baseando-me no que perguntam, teria algumas coisas "top priority": - vendia os meus sites, ainda ganhava umas boas massas - com isso, ia fazer uma viagem talvez a espanha... - depois gastar tudo em centros comerciais ^^ - e, fazer o que faço todos os dias, que é viver a vida como se fosse o último dia...
Não imagino como iria reagir, nem se teria a força suficiente para lidar com essa informação. Existem muitas coisas que ainda quero fazer e a prespectiva de ter pouco tempo para as fazer assustar-me-ia imenso. Por isso não sei se o medo e a tristeza não se iria sobrepor á força para brindar os ultimos dias de vida a fazer as coisas mais importantes e queridas por mim. Mas em situações extremas o ser humano consegue sempre surpreender...
Quanto a mim, tento manter permanentemente o pensamento que posso morrer no próximo instante. Aliás, a verdade é que todos podemos morrer no próximo instante. A vida é de uma fugacidade assustadora. As pessoas sentem a morte como uma coisa longínqua, e deixem de fazer muitas coisas porque pensam que ainda têm tempo... Não têm a consciência que a morte está mesmo junto delas. Mas enfim, provavelmente se a tivessem este mundo seria o fim do mundo.
Tomei a liberdade de acrescentar o vosso respeitável blogue aos meus links.
Bem, essa questão depois de um dia como tive hoje, não é fácil mas...
Tentava juntar as pessoas importantes na minha vida e fazia um discurso de agradecimento pois no fundo eu sou existo porque essas pessoas existem! Não sou capaz de viver sem os meus amigos, é o meu maior medo - perder quem amo, é aqui que me assusta a morte em roubar o prazer de estar com eles.
E plantava uma árvore bem no meio da serra de sintra.
7 comentários:
Talvez, um balanço da vida. Concretizar algum sonho que ainda fosse possível e conciliarmo-nos com a vida. Com isto quero dizer, pedir desculpa a alguém que magoámos, mas que deixámos que o tempo fizesse esquecer, ajudar alguém...
Em relação à vida e à morte, acompanha-me sempre uma frase que é mais ou menos assim: "só morremos quando morrer a última pessoa que se lembrar de nós". O importante é que façamos da nossa vida um motivo para que os outros nos recordem, pelas coisas boas.
Houve um dia uma pessoa que me fez um pedido. Que quando ela morresse, que eu não chorasse porque isso me iria magoar, mas que falasse dela, que a recordasse através das minhas palavras. A nossa vida vale aquilo que conseguirmos fazer com ela e dela. O modo como os outros nos recordam é uma forma de continuarmos vivos.
Se eu estivesse nessa situação, penso que me apressaria a fazer um conjunto de coisas que até aí ainda não tinha feito, não só por mim, mas pelos outros, que dão sentido à nossa existência.
Não lendo o livro e baseando-me no que perguntam, teria algumas coisas "top priority":
- vendia os meus sites, ainda ganhava umas boas massas
- com isso, ia fazer uma viagem talvez a espanha...
- depois gastar tudo em centros comerciais ^^
- e, fazer o que faço todos os dias, que é viver a vida como se fosse o último dia...
Rui
Não imagino como iria reagir, nem se teria a força suficiente para lidar com essa informação. Existem muitas coisas que ainda quero fazer e a prespectiva de ter pouco tempo para as fazer assustar-me-ia imenso. Por isso não sei se o medo e a tristeza não se iria sobrepor á força para brindar os ultimos dias de vida a fazer as coisas mais importantes e queridas por mim. Mas em situações extremas o ser humano consegue sempre surpreender...
Quanto a mim, tento manter permanentemente o pensamento que posso morrer no próximo instante. Aliás, a verdade é que todos podemos morrer no próximo instante. A vida é de uma fugacidade assustadora. As pessoas sentem a morte como uma coisa longínqua, e deixem de fazer muitas coisas porque pensam que ainda têm tempo... Não têm a consciência que a morte está mesmo junto delas. Mas enfim, provavelmente se a tivessem este mundo seria o fim do mundo.
Tomei a liberdade de acrescentar o vosso respeitável blogue aos meus links.
Cumprimentos
Bem, essa questão depois de um dia como tive hoje, não é fácil mas...
Tentava juntar as pessoas importantes na minha vida e fazia um discurso de agradecimento pois no fundo eu sou existo porque essas pessoas existem! Não sou capaz de viver sem os meus amigos, é o meu maior medo - perder quem amo, é aqui que me assusta a morte em roubar o prazer de estar com eles.
E plantava uma árvore bem no meio da serra de sintra.
Bem vindo ao nosso blogue Ega.
É difícil imaginar o que fazer numa situação deste tipo, mas sem dúvida um bom excercício de introspecção.
Modigliani
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