«(...) o pai [de Helena] gostava dos sambinhas de Vanzolini, do humor safado e ingênuo de Adoniran, seu tom choroso de quem ria por dentro, de «Trem das Onze», ele assobiava «Trem das Onze» quando saía para ir buscar o jornal, comprar pão, assobiava a entrar no elevador, regressava assobiando outra canção de Adoniran caso tivesse passado pelo boteco (...)»
Trem das Onze
Não posso ficar
Nem mais um minuto com você
Sinto muito amor
Mas não pode ser
Moro em Jaçanã
Se eu perder esse trem
Que sai agora às onze horas
Só amanhã de manhã
Além disso mulher
Tem outra coisa
Minha mãe não dorme
Enquanto eu não chegar
Sou filho único
Tenho minha casa pra olhar
Não posso ficar
Quem não conhece esta música? Fica mesmo no ouvido, não é?