21 setembro, 2006

Petisco de pobre

(imagem retirada do blogue cinco quartos de laranja)

"Quando Sete-Sóis chegou a Aldegalega, estava anoitecendo. Comeu umas sardinhas fritas, bebeu uma tigela de vinho, e não lhe chegando o dinheiro para a pousada, tão-só, à escassa, para a passagem de amanhã, meteu-se num telheiro, debaixo de uns carros, e aí dormiu..."
"Baltazar comprou três sardinhas assadas, que, sobre a indespensável fatia de pão, soprando e mordiscando, comeu enquanto caminhava em direcção ao Terreiro do Paço..."
In pág. 26 e 29, Memorial do Convento
A sardinha foi em tempos comida dos pobres, hoje em dia chega-se a pagar dois euros por sardinha no pão na noite de Santo António. Seja pelo preço ou não, a sardinha têm vindo a tornar-se requintada, vejam lá esta receita e digam se não tenho razão.
Lasanha de Beringela com Sardinha
Ingredientes
- 1 beringela grande fatiada em 4
- 4 filés de sardinha
- 1 tomate cortado em rodelas
- 1/2 cebola cortada em rodelas
- 1/2 pimentão verde cortado em tiras
- 1 dente de alho amassado - sal e pimenta a gosto
- suco de 1 limão - 1 xícara (chá) de molho de tomate
- 1/2 xícara (chá) de ricota esfarelada
- 2 colheres (sopa) de salsinha picada
- 1 colher (chá) de noz moscada ralada

Modo de Preparo
Deixe as fatias de beringela, com casca, de molho por 30 minutos em água com a metade do o suco de limão. Tempere os filés de sardinha com alho, sal, pimenta e o restante do limão. Arrume em um refratário, metade do molho de tomate, 2 beringelas, os filés de sardinha temperados, o tomate cortado em rodelas, o pimentão, a cebola, metade da salsinha, mais duas fatias de beringela, o restante do molho e por último a ricota. Polvilhe com a noz moscada e cubra o refratário com papel alumínio. Leve ao forno por 15 minutos em forno médio e pré-aquecido. Retire o papel e deixe dourar. Depois de dourado, salpique o restante da salsinha.
Eu por mim continuo a preferir o pão na bela da sardinha.

12 comentários:

Vegana da Serra disse...

Por acaso dispenso sardinhas - têm demasiadas espinhas para o meu gosto!

Totoia disse...

Eu tb não gostava de sardinhas por esse motivo, dava-me demasiado trabalho a comer, mas este Verão ensinaram-me a comer sardinhas sem esforço nehum... Um dia ensino-te!

Laranjinha disse...

Eu cá adoro uma boa sardinha. No pão ou então com salada de tomate.

Anónimo disse...

Não gosto! Não quero! Só cheiro...

Anónimo disse...

Apesar da receita me parecer bem,também continuo a preferir uma boa sardinha no pão. É muito bom!

Totoia disse...

Oh India, como é possivel não gostar de sardinhas!!

Rui Pedro disse...

Venha a sardinha assada com uma batatinha cozida e salada com pimentos!

Está disponível no site da Fundação Nobel o discurso de Saramago na cerimónia de recepção do prémio. Podemos ler ou mesmo ouvir Saramago himself (para chegar ao site basta no google fazer uma pesquisa com as palavras Saramago nobel lecture).

É uma lição de vída.

Totoia disse...

Obrigado pela dica, Rui Pedro.:)

Anónimo disse...

De sardinhas não gosto mesmo.:)
O discurso de Saramago foi eloquente!

Anónimo disse...

Por Caminhos nunca dantes percorridos... (Mafra)

O Palácio Nacional de Mafra é o mais significativo Monumento do Barroco em Portugal. O IPPAR – Instituto Português do Património Arquitectónico propõe uma visita a este Património cultural, através do percurso «Por Caminhos nunca dantes percorridos...». Dirigido a toda a família, consiste em conhecer o Palácio, abrangendo áreas que normalmente não são visitáveis pelo público em geral, como os corredores dos órgãos, o zimbório, os mecanismos de içar os lampadários da Basílica, etc..
A próxima visita, agendada para domingo, dia 24, exige marcação prévia e tem um custo de 6 euros por pessoa, sendo guiada por Técnicos Superiores do Palácio Nacional de Mafra.

Outra das iniciativas aqui presentes, designada «O Memorial do Convento – uma integração histórica» propõe uma nova leitura do Convento de Mafra. A obra de José Saramago «O Memorial do Convento», que se centra no período de construção deste monumento, é o mote para uma visita, onde se percorrem os espaços mais importantes referidos por este autor. Sábados (todo o dia) e domingos às 14:30 horas, sendo o ingresso de 6.50 euros.
Para reservas, ligue 261 817 550 ou envie um mail para pnmafra@ippar.pt

Totoia disse...

Olá India, estamos a tentar marcar uma visita sobre o Memorial do Convento, no dia do encontro.

Normalmente ás visitas ao Dominho são ás 14h30, vamos tentar que façam outra mais cedo, exclusiva para o À Volta das Letras.

Anónimo disse...

Si. Depois contam-me como foi. :)