"Morri vezes demais em Angola para lá voltar".
António Lobo Antunes, Biblioteca de Oeiras, Novembro 2006
31 outubro, 2006
Expressão artística

In Paralelo 75, pág. 200
O azulejo chega até nós pelas mãos de D.Manuel I, em 1498, que numa viagem a Espanha fica deslumbrado com a decoração dos edificios visitados em Saragoça, Toledo e Sevilha. Decide então trazer o azulejo hispano-mourisco para Portugal, podemos ver algumas obras no Palácio Nacional de Sintra, uma das residências do rei.
Portugal manteve a produção de azulejos, podemos hoje ver esta forma de expressão artística em quase todos os palácios, igrejas,mosteiros.
Portugal manteve a produção de azulejos, podemos hoje ver esta forma de expressão artística em quase todos os palácios, igrejas,mosteiros.
Em 1980 é criado o Museu Nacional do Azulejo, tendo como anexo a igreja, a sacristia, a sala do capítulo, o coro e os claustros do Convento da Madre de Deus.
30 outubro, 2006
Lover Come Back


No livro a personagem James Clark, (mais conhecido pelo cowboy americano), fala num filme “Volta meu Amor”, em que contracenaram Rock Hudson e Doris Day.
O filme com o título original de “Lover Come Back” foi lançado nos EUA em 1961, recebeu uma indicação de Óscar, na categoria de melhor roteiro original.
Fiquei com curiosidade de ver o filme.
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Receita Angolana

In Paralelo 75, pág. 154
Lavam-se os inhames em água corrente esfregando-os com um piaçaba para os limpar bem da terra.
Colocam-se os inhames num tacho, cobertos de água temperada com sal. Levam-se a cozer em lume brando, devendo a água evaporar completamente. Voltam a cobrir-se de água, que deve ferver até evaporar como a anterior. Dizem que para ficarem bem cozidos, os inhames devem secar três vezes a água. No entanto há quem os coza longamente acrescentando a água à medida que se vai evaporando e há ainda quem os coza na panela de pressão (1 hora e meia). Depois de cozidos, descascam-se e servem-se quentes ou frios como acompanhamento ou ainda cortados ás rodelas grossas e fritos em óleo bem quente. São um bom petisco com chouriço assado ou frito. Há também quem coma o inhame com açúcar ou melaço.
Em São Miguel dão o nome de «minhotos» aos inhames pequenos. A este tubérculo dão na generalidade da região açoriana o nome de «tocas». Para os arranjar, a maior parte das pessoas usa luvas, pois os inhames provocam picadelas e comichão. Dizem que estas desaparecem assim que a água de os cozer começa a ferver
Receita tirada de Roteiro Gastrónomico .
26 outubro, 2006
Expressões populares
"Porque ataca a serventia do homem. Ataca a serventia de um homem - repetiu.
(...)
O senhor engenheiro deu uma gargalhada que fez com que Euclides Carrapato arrepiasse caminho.
(...)
-Senhor Engenheiro, o mata-bicho já está servido."
In Paralelo 75
- Foi rés vés Campo de Ourique
- Mudar a águas as azeitonas
-Aqui há gato!
- Cabeça de alho xoxo
- Cruzes canhoto
- Macacos me mordam
- Tapar o sol com uma peneira
- Os amigos conhecem-se no hostipal e na cadeia
- Nem oito nem 80
- Matar dois coelhos com uma cajadada só
- Levar água ao seu moinho
- Há Mouro na costa
- Ainda aí passarinho verde
- Há mais de 7 sábados
- Fazer trinta por uma linha
- Gaba-te cesta que vais à feira
E vocês conhecem alguma expressão gira?
(...)
O senhor engenheiro deu uma gargalhada que fez com que Euclides Carrapato arrepiasse caminho.
(...)
-Senhor Engenheiro, o mata-bicho já está servido."
In Paralelo 75
Gosto de expressões populares, embora, em alguns casos, não consiga perceber a origem ou mesmo o seu significado. Aqui ficam algumas que ouço desde sempre:
- Foi rés vés Campo de Ourique
- Mudar a águas as azeitonas
-Aqui há gato!
- Cabeça de alho xoxo
- Cruzes canhoto
- Macacos me mordam
- Tapar o sol com uma peneira
- Os amigos conhecem-se no hostipal e na cadeia
- Nem oito nem 80
- Matar dois coelhos com uma cajadada só
- Levar água ao seu moinho
- Há Mouro na costa
- Ainda aí passarinho verde
- Há mais de 7 sábados
- Fazer trinta por uma linha
- Gaba-te cesta que vais à feira
E vocês conhecem alguma expressão gira?
24 outubro, 2006
O Segredo de um Coração Traído
Fiquei assim
A Balançar ao vento
Sem ela
Depois dela
Perdi o norte
E dancei na chama
Sem sela.
Depois dela
Procurei a estrela
E caminhei pela memória
Sem trela.
Depois dela
Emprestei a alma
E encontrei um vagabundo
Sem terra
Depois dela
Fiquei assim
Sem mim
E sem ela.
In Paralelo 75,p. 263
Um POEMA, era o segredo mais bem guardado pelo Sr. Engenheiro!!!
O poema que escreveu quando a mulher o abandonou pelo cowboy americano, desde esse dia o Sr. Engenheiro deixou-se morrer.
A Balançar ao vento
Sem ela
Depois dela
Perdi o norte
E dancei na chama
Sem sela.
Depois dela
Procurei a estrela
E caminhei pela memória
Sem trela.
Depois dela
Emprestei a alma
E encontrei um vagabundo
Sem terra
Depois dela
Fiquei assim
Sem mim
E sem ela.
In Paralelo 75,p. 263
Um POEMA, era o segredo mais bem guardado pelo Sr. Engenheiro!!!
O poema que escreveu quando a mulher o abandonou pelo cowboy americano, desde esse dia o Sr. Engenheiro deixou-se morrer.
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Noites Africanas

Noite
Noites africanas langorosas, esbatidas em luares,
perdidas em mistérios
Há cantos de tungurúluas pelos ares!
Noites africanas endoidadas,
onde o barulhento frenesi das batucadas,
põe tremores nas folhas dos cajueiros
Noites africanas tenebrosas,
povoadas de fantasmas e de medos,
povoadas das histórias de feiticeiros
que as amas-secas pretas,
contavam aos meninos brancos...
E os meninos brancos cresceram,
e esqueceram
as histórias...
Por isso as noites são tristes...
Endoidadas, tenebrosas, langorosas,
mas tristes... como o rosto gretado,
e sulcado de rugas, das velhas pretas...
como o olhar cansado dos colonos,
como a solidão das terras enormes
mas desabitadas...
É que os meninos brancos,
esqueceram as histórias, com que as amas-secas pretas
os adormeciam, nas longas noites africanas...
Os meninos-brancos... esqueceram!...
Alda Lara (Poetisa Angolana 1930-1962)
1948-Outubro (Poemas1966)
“A noite estava estrelada, alegre, a Ursa Maior caminhava vagarosamente para norte, a Lua estava coberta de luz, ouvia-se o sussurro do vento a abraçar a escuridão. Era uma noite daquelas que só África consegue oferecer.”
In Paralelo 75, pág. 155
In Paralelo 75, pág. 155
Ao contrário do que diz o poema os meninos brancos agora homens, não esqueceram África e muito menos as suas noites. Sempre que me falam de África dizem-me que noites como aquelas não há em mais lugar nenhum do mundo, são ao que dizem noites mágicas...
23 outubro, 2006
Santa Lídina

"Quando o sr. Engenheiro chega à fazenda e entra no que resta da capela, repara que a imagem de Santa Lídina "foi pregar para outra freguesia".
Surgiu a dúvida de quem seria esta Santa, pedi ajuda a um especialista nesta matéria que me esclareceu que Santa Lídina é conhecida como Liduina ou Lidwina Meneguzzi no Brasil e que a sua festa celebra-se no dia 2 de Dezembro.
Para saber mais ver aqui.
22 outubro, 2006
A importância de uma árvore ...
«(...) deixou o olhar caminhar ao encontro de uma árvore de folhas ovais, miúdas e estreitas, pintadas a verde-escuro e brilhante. Não precisou de arragaçar os ouvidos para escutar o zumbido das abelhas e outros insectos que se deliciavam com o néctar produzido pelas vistosas flores. Era o seu metrossidero de estimação, uma árvore originária da Nova Zelândia (...) na Fazenda das Terras do Mundo Perdido também havia uma, mandada plantar pelo seu avô paterno.»
in Paralelo 75, p. 72
Segundo o livro o Sr. Engenheiro gostava muito do metrossidero da Praça da Alegria, porque esta árvore lhe fazia lembrar a sua terra. Em África, foi junto ao metrossidero, que o seu avô plantou, que foi sepultado.
Um destes dias ainda passo na Praça da Alegria para ver se lá está algum metrossidero. Em flor deve ser lindo.
Porquê esta árvore? O livro refere que se adapta muito bem a condições adversas. Será essa a razão?
É metrossidero ou metrosídero?
Na Nova Zelândia estas árvores florescem em Dezembro e Janeiro. Por esse motivo, lá, são conhecidas como árvores de natal. Pelas fotos que vi, são lindas.
in Paralelo 75, p. 72
Segundo o livro o Sr. Engenheiro gostava muito do metrossidero da Praça da Alegria, porque esta árvore lhe fazia lembrar a sua terra. Em África, foi junto ao metrossidero, que o seu avô plantou, que foi sepultado.
Um destes dias ainda passo na Praça da Alegria para ver se lá está algum metrossidero. Em flor deve ser lindo.
Porquê esta árvore? O livro refere que se adapta muito bem a condições adversas. Será essa a razão?
É metrossidero ou metrosídero?
Na Nova Zelândia estas árvores florescem em Dezembro e Janeiro. Por esse motivo, lá, são conhecidas como árvores de natal. Pelas fotos que vi, são lindas.
A morte do Sr. Engenheiro
«- Acabou o sofrimento do senhor engenheiro - foi assim que o Orelhas verbalizou a triste notícia.»
Fiquei com a sensação que o Orelhas ajudou a acabar com o sofrimento do seu amigo Daniel.
Fiquei com a sensação que o Orelhas ajudou a acabar com o sofrimento do seu amigo Daniel.
20 outubro, 2006
O estado actual da nossa literatura ....
Lobo Antunes considera que "enxurrada de mediocridade" enche as livrarias. Aqui.
O Velho e o Mar

In Paralelo 75, pág. 123
O Velho e o Mar é uma novela de Ernest Hemingway escrita em Cuba em 1952. Conta a história de um velho pescador que luta com um gigante peixe-espada em alto mar por entre a Corrente do Golfo. Para além de ser um dos romances mais conhecidos de Hemingway é também dos livros mais citados por outros escritores nas suas obras. Hemingway foi prémio Nobel em 1954.
19 outubro, 2006
Imagens de Quitexe
Para mais informações consulte aqui.
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Ford Taunus

"- Não aguenta de certeza absoluta - concordou o filho. E era verdade. Há muito que o Ford Taunus do antigo motorista da Companhia Colonial dos Cafés não tinha pedalada para aguentar uma viagem tão arriscada."
In Paralelo 75, pág.116
Este carro nasceu em Junho de 1939 o primeiro modelo Ford genuinamente alemão, marcou várias gerações ao londgo de décadas. Quem viveu em África na década de setenta deve-se lembrar perfeitamente deste carro.
18 outubro, 2006
Terras do Mundo Perdido
Terras do Mundo Perdido, associo este nome à obra de Arthur Conan Doyle "O Mundo Perdido". Seria mesmo esta a intenção dos autores?
Santa Lídina
Quando o sr. Engenheiro chega à fazenda e entra no que resta da capela, repara que a imagem de Santa Lídina "foi pregar para outra freguesia".
Sabem quem foi esta Santa? O que fez? Procurei no Google, mas não encontrei nada.
Sabem quem foi esta Santa? O que fez? Procurei no Google, mas não encontrei nada.
16 outubro, 2006
As Terras do Mundo Perdido

“(...)Ao terceiro dia de viagem, a carrinha de Euclides Carapato penetrou na floresta cerada. A folhagem luxuriante abafou a paisagem, o sol eclipsou , a temperatura baixou, a humidade subiu, o cheiro húmido da terra invadiu as narinas. Foi certamente este cheiro típico de África que acordou o Sr. Engenheiro. (...)”
In Paralelo 75, p.136
Podemos a imaginar a sensação que o Sr. Engenheiro teve ao regressar a África, à sua fazenda aos locais onde viveu durante tantos anos.
Quantas vezes sentimos a necessidade de voltar a lugares e a viver situações que guardamos na nossa memória?
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