INVEJOSA 05.09.2008 00.56H
Para os leitores do Destak jornal, e não da edição online, aqui fica uma das "pérolas" que alguns aí escrevem a coberto do anonimato. Este é um exemplo do ódio que circula por este País, entre gente muito diversa. Alguém perdeu o seu tempo precioso para escrever injúrias que ultrapassam em muito o facto de gostar ou não da escrita de uma mera cronista do Destak.
Quem é o ser humano que ataca outro afirmando que as suas opiniões são anormais (sobre os erros ortográficos nem vale a pena falar) porque sofreu um AVC? O Destak é um "jornaleco da PIDE"? Como é possível usar da liberdade de imprensa garantida pela Revolução para insultar sem saber sequer o significado das palavras? Se a PIDE existisse o senhor ou senhora que destilou este ódio não o poderia fazer, mas claro, ele ou ela não fazem ideia do que dizem ou escrevem! E, claro, não podia faltar o ataque sexista, a tentativa de rebaixar a cronista, porque é sempre possível utilizar afirmações de carácter sexual quando se trata de uma mulher.
Porque perco tempo com este assunto? Porque basta andar na rua e ouvir a linguagem que muitos utilizam e que há anos atrás era impensável. Porque Portugal atravessa uma grave crise económica mas a verdadeira crise é muito mais grave: é uma carência de valores, de noção de ética e de respeito.
Luisa Castel-Branco”
Hoje de manhã, na minha habitual viagem de comboio despertou-me a atenção a crónica da Luísa Castel-Branco. Não tenho nenhuma opinião formada sobre a senhora em questão, não li nada dela, mas reconheço-a como uma figura de peso da nossa televisão e da comunicação social.
Depois de ler o texto acima exposto fiquei com vontade de ler mais alguma coisa dela ou pelo menos estar atenta as crónicas que escreve no Destak. Isto porque, ela não só teve coragem de colocar o bonito comentário que podem ler em cima como lhe respondeu muito bem. Esta crónica deixou-me a pensar o resto da viagem.
Este assunto não tem a ver propriamente com o livro que andamos a ler, mas sim com o livro A Última Aula de que se falou no último encontro. Não andaremos nós a perder demasiado tempo a dizer mal, a criticar sem fundamento apenas pelo prazer de chatear o próximo? Não andamos muito tempo de cara zangada com problemas sem grande importância? Não andamos a gastar a nossa energia com coisas desnecessárias?
E a falta de educação? Quem trabalha com o público passa todos os dias um tormento mas não é por isso que se torna uma pessoa melhor, pelo contrário. Parece uma bola de neve. O senhor do autocarro foi mal-educado? Vingo-me na senhora do café ou no senhor do quiosque das revistas… Que exemplo damos aos nossos filhos se nem os bons dias damos à pessoa que está à nossa frente?
Inspirada pelo livro "A última aula" e com a preocupação de querer um mundo melhor lanço aqui um desafio. Vamos tentar ser melhores pessoas, não se exige grandes medidas, apenas um esforço mínimo como dizer sempre os bons dias acompanhado por um sorriso, responder com delicadeza a um mal disposto e porque não dar o nosso lugar a uma pessoa mais velha no autocarro ou deixar passar o taxista mesmo que este não tenha prioridade.
Até já. :)
Até já. :)
3 comentários:
É isso mesmo Rute!
O nosso Pais está pobre é uma dura realidade.Mas está bem mais pobre de valores, de principios, de formação cívica, de boa vontade. É por isso que o nosso velho Continente continua a empobrecer porque toda a gente se preocupar com o "ter" e ninguém quer saber do "Ser". Ser simpático...nem pensar o que é que os outros vão pensar de mim..., ou pior ainda...se sou simpático sou "tramado" porque a vida está é para os espertos.
Vamos todos fazer um esforço e fazer a nossa parte, quem sabe não se provoca uma bola de neve...
Uma excelente noite para todos
Kris
Nem mais cristinita!
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