Dolly, aluna ninfomaníaca na universidade de Santa Bárbara na California. Giovanni um Don Juan que caiu nas garras da estranha Margo e dos assédios da sua mãe.
Tudo muda quando Giovanni e Dolly se encontram ... A crónica de Dolly, a ninfomaníaca que atribui pontuação às suas conquistas e que delas se gaba, parece mesmo história de filme.
Será que o escritor se encontrou na realidade com estas personagens? Factos reais? Ou pura ficção?
31 outubro, 2007
O café ...
Na página 53 e 54 do Livro, Onésimo fala-nos de uma aluna sua, entre outras coisas, diz-nos:
Aventuras de um Nabogador, p. 54.
Para saber do dito café, aqui.
«Nas férias da Primavera (o Spring Break) foi ao Havai ver a família e quis trazer-me uma lembrança da terra. Entregou-ma com tímida delicadez. A praxe mandava-me abrir o mimo. Era um saquinho do mais famoso café das suas ilhas, éden de postal. Sorri-lhe de agradecimento, mas reprimi por completo a figura de Freud a comprazer-se na ambiguidade da cena acaso a presenciasse. Não. Quase juro que a moça não sabe nada de português, que o código semântico foi pura coincidência e de modo algum senha cifrada. (Para os leitores que desconhecem a marca do dito café: rima com Dona mas escreve-se com K. (...))»
Aventuras de um Nabogador, p. 54.
Para saber do dito café, aqui.
Condicionalismos da leitura ...
«Será lícito ponderar se a nossa reacção a uma obra não terá que ver com a disposição com que se a lê. Se assim é, coitados dos autores vítimas dos nossos condicionalismos físicos e psicológicos.»
Aventuras de um Nabogador, P. 50
Aventuras de um Nabogador, P. 50
30 outubro, 2007
Regra pessoal de leitura
«Ao longo dos anos formulei uma regra pessoal de leitura que, como qualquer outra, tem as suas excepções: um livro de ensaio agarro-o cheio de entusiasmo e vou-o perdendo pelo caminho, muitas vezes bem antes do fim. Um romance, começo com imensa dificuldade e, depois de mergulhar no cenário, não descanso enquanto não aterro no desenlace. (...) Outra regra concomitante: o ensaio interrompe-se e retoma-se a qualquer momento. O romance requer leitura ininterrupta. (...) Falta-me ainda mencionar uma última regra pessoal: romance que não me tem fisgado por volta da página 70 não me vale o esforço de prosseguir na sua leitura.»
Aventuras de um Nabogador, p. 49
Será que todos nós temos alguma regra pessoal de leitura? Hoje ao jantar coloquei esta questão. Que regras usamos nas nossas leituras ou nas escolha das leituras que fazemos? Como escolhemos os livros que lemos?
Concordo com o Onésimo Teotónio Almeida quando afirma que se um romance não o "agarra" nas primeiras páginas, é porque a partir daí dificilmente o fará. Já nos aconteceu a todos, não é verdade? Ou a escrita é maçuda, ou há qualquer coisa na história que não desenvolve e o livro é rapidamente substituído por outro. Não concordam? Nunca insisto, a não ser por razões profissionais, num livro que não me dê prazer na leitura.
Nos meus hábitos de leitura, tenho me apercebido que há livros e, consequentemente, alguns autores que só procuro ler em determinadas alturas do ano, ou melhor há autores, que exigem mais concentração (mais paciência!) ou um determinado estado de espírito, que não leio, por exemplo, nas férias de Verão.
As minhas leituras são sempre acompanhadas de um lápis (o que irrita algumas pessoas!) e de um pequeno bloco de notas que, às vezes, só serve para anotar uma ou outra palavra que não conheço ou alguma referência que quero explorar.
- Como é que escolhemos os livros que lemos?
Nos últimos tempos, tenho-me mantido leitora fiel a alguns autores, sobretudo nacionais, um exemplo é Richard Zimler. Todos os romances que tem publicado eu tenho lido. Algumas das escolhas são feitas através de influências. Alguém que leu, fala do livro e acaba por me abrir o apetite para a leitura. Ou os apontamentos sobre livros nos blogues que visito. Raramente compro um livro apenas pela capa ou pelo título. Mas já aconteceu!
Aventuras de um Nabogador, p. 49
Será que todos nós temos alguma regra pessoal de leitura? Hoje ao jantar coloquei esta questão. Que regras usamos nas nossas leituras ou nas escolha das leituras que fazemos? Como escolhemos os livros que lemos?
Concordo com o Onésimo Teotónio Almeida quando afirma que se um romance não o "agarra" nas primeiras páginas, é porque a partir daí dificilmente o fará. Já nos aconteceu a todos, não é verdade? Ou a escrita é maçuda, ou há qualquer coisa na história que não desenvolve e o livro é rapidamente substituído por outro. Não concordam? Nunca insisto, a não ser por razões profissionais, num livro que não me dê prazer na leitura.
Nos meus hábitos de leitura, tenho me apercebido que há livros e, consequentemente, alguns autores que só procuro ler em determinadas alturas do ano, ou melhor há autores, que exigem mais concentração (mais paciência!) ou um determinado estado de espírito, que não leio, por exemplo, nas férias de Verão.
As minhas leituras são sempre acompanhadas de um lápis (o que irrita algumas pessoas!) e de um pequeno bloco de notas que, às vezes, só serve para anotar uma ou outra palavra que não conheço ou alguma referência que quero explorar.
- Como é que escolhemos os livros que lemos?
Nos últimos tempos, tenho-me mantido leitora fiel a alguns autores, sobretudo nacionais, um exemplo é Richard Zimler. Todos os romances que tem publicado eu tenho lido. Algumas das escolhas são feitas através de influências. Alguém que leu, fala do livro e acaba por me abrir o apetite para a leitura. Ou os apontamentos sobre livros nos blogues que visito. Raramente compro um livro apenas pela capa ou pelo título. Mas já aconteceu!
Outras obras de Onésimo Teotónio Almeida ...
- Da Vida Quotidiana na LUSAlândia (1975)
- Ah! Mònim dum Corisco! (1978)
- (Sapa)teia Americana (1983)
- No Seio Desse Amargo Mar (1993)
- Que Nome É Esse, ó Nézimo? - e Outros Advérbios de Dúvida (1994)
- Rio Atlântico (1997 )
- A Questão da Literatura Açoriana (1983)
- Da Literatura Açoriana. Subsídios para Um Balanço (1986)
- Mensagem - Uma Tentativa de Reinterpretação (1987)
- L(USA)lândia, a Décima Ilha (1988)
- Açores, Açorianos, Açorianidade (1989)
- Viagens na Minha Era (2001)
- Onze Prosemas (e um final merencório) (2004)
- Livro-me do Desassossego (2006)
- Ah! Mònim dum Corisco! (1978)
- (Sapa)teia Americana (1983)
- No Seio Desse Amargo Mar (1993)
- Que Nome É Esse, ó Nézimo? - e Outros Advérbios de Dúvida (1994)
- Rio Atlântico (1997 )
- A Questão da Literatura Açoriana (1983)
- Da Literatura Açoriana. Subsídios para Um Balanço (1986)
- Mensagem - Uma Tentativa de Reinterpretação (1987)
- L(USA)lândia, a Décima Ilha (1988)
- Açores, Açorianos, Açorianidade (1989)
- Viagens na Minha Era (2001)
- Onze Prosemas (e um final merencório) (2004)
- Livro-me do Desassossego (2006)
29 outubro, 2007
Bom Dia
28 outubro, 2007
Literatura de viagens
«Há dias em que uma pessoa não deve sair à rua. (...) Só que nunca a tinha visto tão honrosamente tratada como em título de antologia, no caso, literatura de viagens: I Should Have Stayed Home. (...)»
Aqui está um título interessante para um livro de viagens! Atenção são as piores viagens de grandes escritores. Reunir num livro as piores viagens de grandes escritores parece-me uma ideia com piada e simultaneamente estranha!
Onésimo faz as seguintes referências à literatura de viagens nacional:
- História Trágico-Marítima;
- A Holanda de Ramalho Ortigão;
- As Ilhas Desconhecidas de Raul Brandão;
- Descobri Que Era Europeia de Natália Correia;
- A Baía dos Tigres de Pedro Rosa Mendes.
Na minha opinião, a nossa literatura de viagens está pouco desenvolvida. Vejam-se as estantes das livrarias. Que espaço é reservado a esta temática? Por exemplo, em Inglaterra há livrarias dedicadas à literatura de viagens. Por cá, pelo que sei, há muito poucas livrarias temáticas. Estou-me a lembrar de livrarias dedicadas à literatura-infantil e, por exemplo, a Garfos & Letras (dedicada à gastronomia) e pouco mais. Conhecem mais alguma?
A esta lista referida pelo Onésimo Teotónio Almeida, acrescentaria mais um autor, o Gonçalo Cadilhe, que através das suas crónicas semanais no jornal Expresso vai relatando de forma ímpar as suas viagens. Crónicas que têm sido transformadas em livros, um dos quais lido aqui no À Volta das Letras e que desperta o bichinho das viagens em muita gente.
Neste verão, foram publicados dois livros de viagens de autores portugueses que gostei de descobrir:
- Alma de Viajante de Filipe Morato Gomes;
- Viagens Sentimentais de Tiago Salazar.
A esta lista referida pelo Onésimo Teotónio Almeida, acrescentaria mais um autor, o Gonçalo Cadilhe, que através das suas crónicas semanais no jornal Expresso vai relatando de forma ímpar as suas viagens. Crónicas que têm sido transformadas em livros, um dos quais lido aqui no À Volta das Letras e que desperta o bichinho das viagens em muita gente.
Neste verão, foram publicados dois livros de viagens de autores portugueses que gostei de descobrir:
- Alma de Viajante de Filipe Morato Gomes;
- Viagens Sentimentais de Tiago Salazar.
Há dias em que realmente não devemos sair de casa, mas ainda bem que esses dias são em menor número do que aqueles nos quais podemos e devemos sair e abrir horizontes, mais não seja lendo!
O que se diz sobre o livro ...
Aventuras de um Nabogador, por Carlos Fiolhais no De Rerum Natura.
Aventuras de um Nabogador & outras estórias-em-sanduíche , por Fernando Cruz Gomes
Aventuras de um Nabogador & outras estórias-em-sanduíche , por Fernando Cruz Gomes
26 outubro, 2007
Resultado do encontro de Domingo
Por sugestão do Professor Pardal, o À Volta das Letras mudou de rumo, este mês vamos ler As Aventuras de um Nabogador. Pelo pouco que li até agora parece-me que vamos ter um mês divertido, mas vamos aguardar…
Grande responsabilidade Professor…
O encontro será no dia 25 de Novembro num local a designar.
Boas Leituras!
Grande responsabilidade Professor…
O encontro será no dia 25 de Novembro num local a designar.
Boas Leituras!
25 outubro, 2007
Encontros
Excepcionalmente ainda não encerramos a leitura do livro A Sétima Porta por uma razão, tínhamos encontro marcado com Richard Zimler ontem. Estivemos a ouvi-lo falar durante 2 horas e as nossas suspeitas confirmaram-se, Richard é uma pessoa com muito para contar, consegue manter uma conversa interessante e sempre com muito humor. Mas acima de tudo o que nos marcou mais, foi a sua atitude profissional perante a leitura, isto é, tudo o que escreve tem por trás uma enorme investigação, para que os dados históricos que apresenta não conterem erros. Não só aspectos conhecidos por todos como também, por exemplo, os cafés que se frequentava em Berlim na década de 20 e que menciona no livro, a roupa que se vestia, o que se comia, as árvores que haviam nos parques, os pássaros, tudo isto é verificado pelo autor. Este estudo que elabora antes de começar a escrever ajuda-o a encarnar as personagens e dá uma realidade que qualquer pessoa que o leia sente no seu livro.
Apesar de ser um escritor com sucesso, Richard não esquece que foi recusado por 27 editoras nos EUA e ajuda quem está a começar a escrever, ainda ontem deu várias dicas para quem esta a começar a escrever.
Por último, tenho de chamar a atenção para um aspecto que me pareceu importante para nós enquanto povo com fama de acolhedor. Richard contou-nos que os portugueses fixam o olhar nele por este ter um aspecto físico diferente, por ser estrangeiro ter mais de 1,90, as pessoas seguem-no com os olhos. Temos de ter mais cuidado, não deve ser nada agradável ser observado assim com tanta intensidade.
Gostei muito, este encontro realizou-se na Livraria Bulhosa em Entrecampos, no âmbito de um clube de leitura.
Quanto a Richard Zimler, acho que posso falar em nome de todos os amigos deste clube quando digo que ele é um porto seguro, os livros dele valem sempre a pena e deixam-nos completamente rendidos a sua escrita.
Voltaremos a ele.
Apesar de ser um escritor com sucesso, Richard não esquece que foi recusado por 27 editoras nos EUA e ajuda quem está a começar a escrever, ainda ontem deu várias dicas para quem esta a começar a escrever.
Por último, tenho de chamar a atenção para um aspecto que me pareceu importante para nós enquanto povo com fama de acolhedor. Richard contou-nos que os portugueses fixam o olhar nele por este ter um aspecto físico diferente, por ser estrangeiro ter mais de 1,90, as pessoas seguem-no com os olhos. Temos de ter mais cuidado, não deve ser nada agradável ser observado assim com tanta intensidade.
Gostei muito, este encontro realizou-se na Livraria Bulhosa em Entrecampos, no âmbito de um clube de leitura.
Quanto a Richard Zimler, acho que posso falar em nome de todos os amigos deste clube quando digo que ele é um porto seguro, os livros dele valem sempre a pena e deixam-nos completamente rendidos a sua escrita.
Voltaremos a ele.
24 outubro, 2007
Para saber mais
Para saber mais sobre a Sétima Porta da aconselho a leitura deste livro, A Alemanha de Hitler de Roderick Stackelberg.
Boas leituras.
Boas leituras.
16 outubro, 2007
Encontro
O nosso encontro mensal é já no próximo Domingo. Será mais uma vez no Museu do Teatro, às 10h30. Richard Zimler não vai estar presente porque está fora do país mas aceitou encontrar-se connosco no dia 24/10 na Livraria Bulhosa de Entrecampos, onde vai estar presente também num clube de leitura.
Lá estaremos no Domingo e no dia 24/10.
Até lá, boas leituras.
15 outubro, 2007
Falling in love again ...
«Ao fim de algum tempo começo a ficar aborrecida e ponho os meus discos de Marlene Dietrich, enquanto vou olhando para os meus cromos de estrelas de cinema. Falling in love again ... adoro aquele tom rouco da sua voz encharcada em whisky.»
Claudette Colbert
«A minha mãe é bonita, com um sedoso cabelo de um castanho-acobreado que usa com franja, tal como a sua actriz favorita, a Claudette Colbert, e tem um rosto redondo e suave, mas os seus olhos verdes lançam chispas assassinas quando está irritada.»
in Sétima Porta, p. 43
O Gabinete do Dr. Caligari
«Dormindo no fundo de todas as coisas, há uma canção ainda por sonhar, e se a palavra mágica em minha alma poisa, o mundo inteiro começa a cantar ... A Tia Sophie recita-me este poema, traduzindo-o do alemão, enquanto eu a ajudo no banho. - Aprendi estes versos quando tinha catorze anos - diz-me ela com um sorriso divertido. E a seguir pergunta: - Viste alguma vez O Gabinete do Dr. Caligari?»
in A Sétima Porta, p. 22 e 23
in A Sétima Porta, p. 22 e 23
14 outubro, 2007
Em Lisboa.
" Não, é a história de um jovem e da sua família. O nome dele era Berequias Zarco. Era uma antepassado meu, e escreveu isto no século XVI. Era um cabalista de Lisboa. E acabou por ser o último."
Podemos conhecer melhor Berequias Zarco melhor, no Último Cabalista de Lisboa de Richard Zimler.
07 outubro, 2007
Lenda
" O teu pai nunca deveria esquecer-se de que o Flautista de Hamelin também era um caçador de ratazanas - diz em tom de ameaçador. "
Um exemplo de como uma bonita história pode servir como um péssimo exemplo.
Pág. 105, A Sétima Porta
Um exemplo de como uma bonita história pode servir como um péssimo exemplo.
Pág. 105, A Sétima Porta
Pintura
" Ninguém consegue desenhar um malmequer, uma vagem de alfarrobeira ou a cabeça de uma morsa empalhada como ela, excepto talvez o Albrecht Dürer ..."
Pág 105, A Sétima Porta
Frase com a qual me identifico...
" Em termos de poesia, o meu pai tem a sensibilidade de um tractor agrícola."
Pág. 104 in A Sétima Porta
Deixa lá Soph ...
Pág. 104 in A Sétima Porta
Deixa lá Soph ...
05 outubro, 2007
Ídolos
"Mas ela parece mais adulta do que eu, especialmente de perfil; imagino que a Marlene Dietrich deve ter sido parecida com a Rini, tanto de cara como na voz ..."
Pág. 84, in A Sétima Porta
Já por várias vezes que referimos Marlene Dietrich neste blogue, são vários os escritores que falam nela nos seus livros
04 outubro, 2007
ZOO
"(...) e a maior parte dos berlineneses ainda está a dormir, mas eu e o Tónio vamos ao Jardim Zoológico..."
Há tanto tempo que não vou ao jardim zoológico, já nem me lembro a última vez que lá fui. Será que o elefante que toca a sineta quando se dá moeda ainda existe?!?!
Há tanto tempo que não vou ao jardim zoológico, já nem me lembro a última vez que lá fui. Será que o elefante que toca a sineta quando se dá moeda ainda existe?!?!
03 outubro, 2007
Poesia
"De noite, quando dormia
sonhei, bendita ilusão,
que umq colmeia vivia
dentro do meu coração;
e as douradas abelhas
iam fabricando nele
com as amarguras velhas
branca cera e doce mel."
De António Machado.
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