30 maio, 2008
16 maio, 2008
Afinal quem é o autor de O que diz Molero...
Na 1ª Pessoa:
Bairro Alto
Vivi no Bairro Alto, na Rua do Norte, até aos 34 anos, quando me casei. Era um lugar extraordinário, que tinha um bocado de tudo: a ópera, o teatro, o cinema, os livros, as discussões nos cafés, a política, a música. Era uma coisa muito fervilhante. E eu cresci nesse ambiente, com uma costela política que nessa altura se chamava de esquerda, hoje já não sei como é que se chama. Chamava-se de esquerda porque tinha o desejo de combater as injustiças do mundo.
Parte da minha vida passei-a no Cinema Loreto, a ver filmes de aventuras. Às vezes íamos para lá quando o cinema abria e ficávamos aí até à meia-noite. Tenho uma tentação cinematográfica grande. Vem-me desse tempo, também, a leitura dos poetas. Eu adoro poesia, encheu-me muito a vida. Desde os Cantares de Amigo até à mais recente, li quase tudo o que apanhei. Foi no cinema que aprendi a falar inglês. O meu inglês é americano, dos filmes. A minha formação não foi académica, pelo contrário: às vezes chumbava por faltas porque ia ao cinema ou ficava a ler poesia em vez de ir às aulas. E não passei nunca do que se chama agora 12º ano porque não queria, não me interessava. Sempre tive a tentação de subverter o que me rodeava. "
"A minha infância foi magnífica. Foi na rua. Saía de casa, a minha mãe depois batia-me porque chegava tarde, o meu pai às vezes ficava zangado. Eu andava na rua, com os outros miúdos. Ficou aquela nostalgia do tempo que já não volta. Nesse tempo não havia estas periferias, havia os sítios, e era aí que vivíamos. Os meus pais eram pessoas simples. A minha mãe cantava o fado muito bem, o meu pai era autor de fados. Foi ele que escreveu aquele fado muito famoso, "Bairro Alto aos seus amores tão dedicado", que depois foi publicado se calhar em nome de outro, estas coisas sempre se fizeram.
Bairro Alto
Vivi no Bairro Alto, na Rua do Norte, até aos 34 anos, quando me casei. Era um lugar extraordinário, que tinha um bocado de tudo: a ópera, o teatro, o cinema, os livros, as discussões nos cafés, a política, a música. Era uma coisa muito fervilhante. E eu cresci nesse ambiente, com uma costela política que nessa altura se chamava de esquerda, hoje já não sei como é que se chama. Chamava-se de esquerda porque tinha o desejo de combater as injustiças do mundo.
Parte da minha vida passei-a no Cinema Loreto, a ver filmes de aventuras. Às vezes íamos para lá quando o cinema abria e ficávamos aí até à meia-noite. Tenho uma tentação cinematográfica grande. Vem-me desse tempo, também, a leitura dos poetas. Eu adoro poesia, encheu-me muito a vida. Desde os Cantares de Amigo até à mais recente, li quase tudo o que apanhei. Foi no cinema que aprendi a falar inglês. O meu inglês é americano, dos filmes. A minha formação não foi académica, pelo contrário: às vezes chumbava por faltas porque ia ao cinema ou ficava a ler poesia em vez de ir às aulas. E não passei nunca do que se chama agora 12º ano porque não queria, não me interessava. Sempre tive a tentação de subverter o que me rodeava. "
Continua aqui.
14 maio, 2008
A propósito de romances históricos...
"Enquanto lêem aquilo não se drogam. Já não é mau."
António Lobo Antunes na Revista Ler de Maio 2008.
Este homem devia escrever humor. Genial.
13 maio, 2008
E foi assim,
tivemos uma surpresa agradável, finalmente o Luís Eme do Casario do Gingal, fez-nos uma visita e ainda nos presenteou com um livro dele, foi a cereja em cima do bolo.
A conversa ficou ainda mais animada, é sempre bom saber o que pensam de nós e mais uma vez confirma-se, por alguma razão julgam sempre que somos mais velhos, vamos então pôr os pontos nos is:
A nossa média de idades situa-se nos 30 anos, sendo que o nosso membro mais novo deve ter uns 25 anitos e o mais velho 37. Somos ainda jovens e sim gostamos de ler e de nos levantar cedo (menos a Minerva que sofre imenso com os nossos horários).
Gostámos do Luís Eme, de tal forma que decidimos que o próximo encontro será mais perto da terra dele para que possa vir também e conversar mais um pouco connosco.
Quanto ao livro a opinião foi unânime, os que leram (sim porque a Minerva e o Dancing kid que sugeriram o livro foram os únicos que falharam, vergonha) gostaram e muito. O Osvaldo foi eleito como o personagem mais cativante do enredo. Ficou a vontade de repetir Lídia Jorge, talvez o novo dela O Vale da Paixão. Veremos.
Para o próximo mês decidimos ler, O que diz Molero de Dinis Machado, no grupo já dois elementos leram o livro mas não se importam de repetir, pelo que dizem é um excelente livro. Para Julho vamos ler a Sala Magenta de Mário de Carvalho, isto porque o Dancing Kid e eu fomos ao Café com Letras à biblioteca de Oeiras e gostámos de o ouvir.
Para além destas leituras vamos acompanhar a viagem de Pedro Vasconcelos, autor de 1613 e 1617. Desta viagem resultará o próximo livro do autor que fechará a triologia iniciada no 1613.
“O autor pretende seguir no dia seguinte, 10 de Maio, em direcção a Barcelona (Espanha), Cassis (França), Génova (Itália), Alessandria (Itália/Lombardia), Chambery (França/Sabóia), Metz (França/Franco Condado), Luxemburgo (Luxemburgo), Namur (Bélgica), Antuérpia (Bélgica), Amesterdão (Países Baixos), regressando, no final do mês a Lisboa via Paris e Madrid.
A totalidade desta viagem é de mais de seis mil e duzentos quilómetros em dezoito dias de condução e oito dias de paragens, somando assim vinte e seis dias no total.
A viagem está a ser organizada para ser realizada num Mehari Citroen de '81, amarelo.
(…)
Parte desta viagem, entre Génova e Namur, respeitará o percurso histórico chamado "El Camino Espagnol"; um corredor militar do século XVII que permitiu aos exércitos espanhóis contornar a França para chegar à chamada “Guerra da Flandres”. Entre 1567 e 1593 houve doze expedições. Para este estudo, optou-se pelo percurso da primeira expedição, comandada por Fernando Álvarez de Toledo y Pimentel, terceiro duque de Alba.
(…)Comandou dez mil soldados e durante cinquenta e seis dias atravessou o “El Camino Espagnol”.
(…)
À semelhança das outras viagens de investigação já realizadas pelo autor, esta terá como objectivo a recolha de imagens, visitas aos locais históricos (sobretudo fortalezas e vestígios da guerra da Flandres), histórias da cultura local e levantamento antropológico de algumas situações relacionadas com as superstições e crenças religiosas do século XVII. “
Informação fornecida pelo autor.
Bem por agora despeço-me, desejo boas leituras a todos.
P.S: Iniciei hoje o O que Diz Molero e já estou a meio…
10 maio, 2008
03 maio, 2008
Finalmente...
O encontro será no dia 11 de Maio às 10h30 no Museu do Teatro, o livro de que se fala é o Combateremos a Sombra de Lídia Jorge.
Mesmo quem não leu o livro, está convidado para esta conversa informal à volta de uma mesa de café na esplanada.
Até lá boas leituras.
01 maio, 2008
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