28 novembro, 2008

Ora espreitem lá...



Augústias

“(…) acabando com a fita de quintarolas que vinha das Angústias até quase ao fim do Pasteleiro e dava trote aos cavalos das vitórias da Horta num bater surdo, encaixado."


As Angústias são uma freguesia portuguesa da cidade da Horta, do concelho do mesmo nome, na Ilha do Faial, Região Autónoma dos Açores. Ocupa uma superfice total de 4,12 km² com 2 784 habitantes (2001). Tem uma densidade populacional de 675,7 hab/km².

Fonte: Enciclopédia






27 novembro, 2008

Capítulo 1 - A serpente cega

"- Mas não voltas tão cedo...
João Garcia garantiu que sim, que voltava. Os olhos de Margarida tinham um lume evasivo, de esperança que serve a sua hora. Eram fundos e azuis debaixo de arcadas fortes."

A primeira frase, sabe tão bem começar. É como abrir uma porta de uma casa desconhecida, adoro esta sensação.

Introdução

"Mau Tempo no Canal: uma condensação de sentidos, a começar pelo próprio título. Um ambiente, um conflito social e afectivo, um espaço, uma época, o efémero, a eternidade."

Introdução elaborada por Vasco Graça Moura para a 6ªedição do Mau Tempo no Canal.

24 novembro, 2008

Sala 10

Ainda a propósito da Weltliteratur, podem ver um pouco da obra poética de Vitorino Nemésio na sala 10 da exposição.

23 novembro, 2008

É de literatura que se fala….


O À Volta das Letras é um blogue sobre literatura, como tal faz todo o sentido falar da exposição Weltliteratur que está na Fundação Calouste Gulbenkian, Galeria de Exposições Temporárias até 4 de Janeiro de 2009.

O início é curioso, somos convidados a ver a exposição num outro ângulo e a ler o jornal que trata apenas da Weltliteratur.

Claro que guardei o jornal e iniciei a “viagem” pelas salas. A certa altura senti-me perdida, sem preparação para o que ia ver, não conseguia perceber qual a lógica, se tinha alguma, qual o critério. Ainda assim estava a gostar, rodeada de textos e obras de arte comecei a perceber o sentido.

No entanto a leitura do dito jornal que me foi oferecido no início confirmou algumas ideias e ajudou-me a perceber melhor outras tantas.

Aqui fica um apanhado da entrevista feita por Elisabete Caramelo a António Feijó e Manuel Aires Mateus.

“O pressuposto é de que a leitura pode ser, e é, muita vezes árdua, mas também é algo que cumula o leitor, se uma pessoa se der a esse esforço.”

“ A forma como vi esta exposição é que ela é uma exposição sobre o prazer da literatura, a descoberta do prazer da cultura.”

“O Manuel foi buscar o que é central à exposição, a ideia de que há uma série de autores de que toda a gente fala, mas pouca gente lê.”

“Mas podemos dizer que há uma coisa determinante na primeira mensagem da exposição - todos nós escrevemos, o que não faz de nós poetas e depois saímos da exposição com a certeza de que a literatura nos enriquece.”

Outro pormenor muito importante é que estão a fazer visitas guiadas à exposição:
Todos os sábados
das 12h00 às 13h00
das 16h45 às 17h45

Todos os domingos
das 12h00 às 13h00
das 16h00 às 17h00

Todas as terças e quintas-feiras
das 12h45 às 13h45
Inscrições:T: 217 823 555 (Seg. a Sexta – 9:00h/13:00h 14:30h/17:30h)
E: acantunes@gulbenkian.pt
Vale a pena ir ver!

22 novembro, 2008

Encontro

Depois de abrimos o apetite com as crónicas do Em Portugal não se come mal era mais que óbvio que o encontro do À Volta das Letras deste mês tinha de incluir comida.

Tinha ficado combinado que o jantar seria dia 22 (hoje) na Casa do Alentejo, mas por vários motivos tivemos que antecipar o encontro para ontem e mudar o restaurante para a Casa dos Passarinhos (a Casa do Alentejo já não aceitava reservas, é a crise!).

Restaurante decidido, hora marcada, aí fomos nós.

Por voltas das 21h30 lá nos conseguimos sentar à mesa. Restaurante familiar, a rebentar pelas costuras, barulhento. Fiquei receosa, será que conseguiríamos conversar naquela confusão.

Chegou à comida, tudo maravilhoso: naco na pedra, arroz de polvo malandrinho, arroz de tamboril, um vinho tinto da casa e umas belas batatas fritas. A sobremesa, leite-creme e gelado da casa (enorme), quanto ao gelado da Minerva nem vamos falar tendo em conta o seu tamanho mínimo.

Cafés. Muita conversa depois… O restaurante vazio, restávamos nós que nem nos apercebemos que já toda a gente tinha saído, o empregado (impecável) nem nos aparecia com medo de estragar a conversa.

Falou-se de tudo, crise económica, clássicos gregos, Sintra e o seu misticismo, comida, restaurante, Cristiano Ronaldo, ensino, as nossas novidades e claro de livros, livros, livros, livros.

Decisão difícil foi qual o livro para o próximo mês. Entre várias sugestões optamos por Mau tempo no canal de Vitorino Nemésio.

Encontro ficou para dia 21 de Dezembro no Kaffeehaus para tomarmos o pequeno-almoço e passearmos pelo Chiado com a paisagem natalícia que por lá anda.

02 novembro, 2008

A revista Ler

do mês de Outubro fala sobre o novo livro de Miguel Esteves Cardoso, aqui ficam alguns excertos para abrir o apetite:

“E honestos porque Miguel Esteves Cardoso obedece apenas a uma critério essencial: escrever o que lhe passa pelo estômago, sem cedências politicamente correctas.”

“Qualquer que seja o pretexto, Miguel Esteves Cardoso nunca escreve em lume brando.”

“Neste livro, os portugueses sentam-se à mesa, na companhia de um espelho desses bem grandes. E o resultado não desilude. Somos assim. Gastronomicamente assim.”